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A Percepção e a Busca de si,
da singularidade à diversidade.
Em toda discussão, há um ponto de vista, e na horizontalidade das relações isso não tem fim. Você não entende o conteúdo, que já longe da ideia que o originou, fica sem parâmetro para avaliar.
CARNAVAL
A cidade hoje muda...Se veste de sonho e os que estão no mundo usam agora mais do que nunca o simbólico e o imaginário e põe a fantasia. A realidade continuará esperando. Ela não possue uma ala nesse desfile porque não é possível representa-la. E o desfile das escolhas que não pude fazer continua imponente pela avenida e o samba mantém a angústia conectada com o espetáculo e todos podem sonhar o mesmo sonho sem cair no enredo daqueles que acordam sozinhos.
O que é o homem?
"É um ser de uma afetividade intensa e instável, que sorri, ri, chora, um ser ansioso e angustiado, um serfruidor, ébrio, extasiado, violento, amante, um ser invadido pelo imaginário, um ser que sabe a morte e não pode acreditar nela, um ser que secreta o mito e a magia, um ser possuído pelos espíritos e pelos deuses, um ser que se alimenta de ilusões e de quimeras, um ser subjetivo cujas relações com o mundoobjetivo são sempre incertas, um ser submetido ao erro, à errância, um ser úbrico* que produz desordem. E, como chamamos de loucura a conjunção da ilusão, da desmesura, da instabilidade, da incerteza entre real e imaginário, da confusão entre subjetivo e objetivo, do erro, da desordem, somos obrigados a ver que Homo sapiens é Homo demens."
Morin, Edgar - In 'A Filosofia', de André Comte-Sponville, p. 115 -116
As pessoas estão administrando seus sonhos à revelia. Desconsiderando a ética. Cultura e educação não são mais os pilares do desenvolvimento humano. Foram substituídos pelo consumo que proporciona ao Sujeito a imagem a ser construída de si sem nenhum esforço. Isto caracteriza este momento. Você compra o figurino e o cenário e interpreta o papel, porém, não sabe o texto. Então teremos frases e diálogos não condizentes com o personagem que interpreta.